Quando a alegria brinca solta dentro de casa,
quando a paz ilumina saídas e entradas,
quando o amor toca a orla dos nossos olhos,
a alma liquida escorre e faz abraços.
A poesia da vida é essa:
descobrir que não falta algum pouco para ser muito, muito feliz.
Que ainda há um pé de fé guardado, uma história que envolve e que
nos devolve assim, desinteressadamente, para nós mesmos.
E a poesia acontece quando abraçamos qualquer coisa
sem demora, com a alma desnuda, com os olhos
desprovidos de ontes, sem mas nem porquês.
Às vezes pesa sim.
Mas quem disse que só podemos levar a vida nos braços?
Não.
Para não perder a leveza da poesia que deixa tudo mais forte
quando o tempo aprende a arte de tecer tantos desencontros,
há que se ter muitas borboletas dentro e fora do estômago e
muito dessa gente boa que faz amor no peito.
Feliz é quem sabe guardar todas as delicadezas
que nascem em cada pedacinho de bem-querer."
(Priscila Rôde)
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